60% dos passageiros de ônibus não usam o cinto de segurança

60% dos passageiros de ônibus não usam o cinto de segurançaUm estudo recente da Artesp lança este número impressionante: apenas 40% dos passageiros que viajam de ônibus faz uso do cinto de segurança afivelado. Estes dados traduzem, muito provavelmente, o motivo por trás do grande número de lesões graves ou até mesmo de mortes associadas a este tipo de transporte. Os ônibus são um dos meios de transporte mais seguros quando o assunto é viagem. No entanto, graças à este recente estudo, é dado um alerta público muito preocupante em relação ao uso de cintos de segurança. Especificamente, apenas 40% dos passageiros de ônibus trazem os cintos de segurança afivelados durante a viagem.

É obrigatório o uso do cinto de segurança nos ônibus?

Esta é uma das perguntas mais comuns quando o assunto é o uso do cinto em ônibus. Desde que o novo Código de Trânsito entrou em vigor, ninguém tem dúvida sobre sua obrigatoriedade nos carros de passeio. Este número é muito alto se comparado ao descumprimento nos carros e caminhões – somente 9% das pessoas deixam de usar o cinto de segurança nesses transportes. Neste caso, o uso do cinto é obrigatório. O Código de Trânsito é claro: a infração é grave e a multa é de R$ 127,69 além dos 5 pontos atribuidos na carteira do motorista. Em resumo, motoristas e passageiros tem a obrigação de usar o cinto. A única exceção aplica-se ao transporte de passageiros de pé.

Quem é responsável por assegurar que os passageiros estão sem cinto?

Por mais estranho que possa parecer, a responsabilidade pelo uso do cinto de segurança é do motorista. No caso dos condutores de ônibus, segundo resolução da ANTT, os mesmos têm a obrigação de informar a todos os passageiros, antes do início de qualquer viagem, a obrigatoriedade do uso do equipamento. O descumprimento implica em multa de R$ 1.528,72 para a empresa de ônibus.

O cinto de três pontos

É bem verdade que o uso do cinto de segurança proporciona ao passageiro maior chance de sobrevivência ou menor risco de ferimentos em caso de acidentes. No entanto, o chefe do departamento de medicina de tráfego da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), Dirceu Rodrigues, afirma que os cintos atuais são um tanto quanto ineficazes porque cabeça, tronco e tórax continuam desprotegidos, uma vez que os cintos são abdominais. A implantação do cinto de três pontos em todos os ônibus, assim como os existentes nos carros de passeios, aumentaria os índices de proteção de 70% para a coluna, 56% para cabeça e tórax, e 50% para o abdômen.

A legislação da Austrália obriga que os ônibus tenham cintos de três pontos desde o ano de 1994. E este é o futuro que a CheckMyBus espera para o Brasil!

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